A Caixa
Econômica Federal vai retomar nesta terça-feira (2) a linha de
empréstimo imobiliário Pró-Cotista e
elevar de 50% para 70% a cota do financiamento
de imóveis usados. As informações, adiantadas pelo jornal "O Globo",
foram confirmadas pela Folha.
Passando por grave escassez de
recursos, o banco suspendeu a linha no primeiro semestre de 2017 e
reduziu o teto (antes de 60% ou 70%) para usados em setembro.
A Caixa terá R$ 4 bilhões para
emprestar aos cotistas, menos que os R$ 6,1 bilhões contratados na linha em
2017.
Segundo "O
Globo", o vice-presidente de Habitação do banco, Nelson de Souza, disse
que a linha está sendo retomada porque os valores são pequenos e não demandam
reserva elevada capital do banco. "Temos condições de reabrir o
Pró-Cotista agora porque a nossa carteira suporta", afirmou.
Souza admitiu, no entanto,
que os recursos deverão se esgotar rapidamente diante da demanda.
A Pró-Cotista, destinada a
trabalhadores com conta no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), é a
linha de crédito mais barata depois do Minha Casa Minha Vida, com taxas de
juros que variam de 7,85% (clientes com débito em conta ou conta-salário) a
8,85% ao ano.
A modalidade foi muito
procurada nos últimos anos devido à falta de recursos de fontes com taxas
equivalentes, como a caderneta de poupança. A participação da Pró-Cotista no
total de financiamento imobiliário concedido pela Caixa saltou de apenas 1% em
2014 para 13% até junho de 2017.
O aumento no teto de
financiamento para imóveis usados, por sua vez, vale para contratos pelo SAC
(Sistema de Amortização Constante), em que o valor das parcelas cai ao longo do
tempo.
Para unidades novas, não
houve alteração e o percentual foi mantido em 80%.
ENFORCADA
Banco e governo correm para
encontrar uma solução para a falta de recursos da Caixa, que detém cerca de 70%
da carteira de crédito habitacional do país.
A partir deste ano, ela só
poderá fazer empréstimos se tiver mais dinheiro próprio para garanti-los, de
acordo com as regras previstas em Basileia 3 –um acordo internacional que visa
garantir solidez ao sistema financeiro.
Em um "intensivão" para desovar matérias no dia 12 de dezembro, o Senado aprovou o projeto de lei que autoriza o uso de recursos do FGTS na capitalização da Caixa.
Em um "intensivão" para desovar matérias no dia 12 de dezembro, o Senado aprovou o projeto de lei que autoriza o uso de recursos do FGTS na capitalização da Caixa.
O banco quer transformar R$
10 bilhões de sua dívida com o FGTS em um novo empréstimo, sem prazo de
vencimento (perpétuo), o que foi contestado pelo Ministério Público de Contas e
pela área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União).
Fonte: Folha
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